quarta-feira, 20 de abril de 2011

Proposta de trabalho n.º 3 - COR

Em pleno século XXI, a cor faz parte da nossa vida. Habituamo-nos a ver o Mundo como nunca os antepassados viram. Aos animais, á natureza, a simples objectos, ás pessoas, ás características sublimes, habituamo-nos a vê-las com cores. E se de repente, essas “pequenas” coisas, características, objectos mudassem de cor? 
Assim, o objectivo do presente trabalho era escolher três imagens e mudar a cor, e o significado das próprias imagens. As imagens foram escolhidas dentro de parâmetros que achamos ser necessários para serem trabalhadas. Deviam transmitir uma mensagem, informação, e acima de tudo, imagens de que gostássemos. 





Esta fotografia de Annie Leibovitz retrata uma jovem, deitada no chão verde, possivelmente no Outono devido à presença de folhas, com um vestido encarnado que confere vida e sentimento à imagem. Devido à posição, esta jovem transmite cansaço mas de um ponto de vista positivo. No entanto, quando alteramos as cores, a mensagem transmitida muda radicalmente. Tornou-se uma fotografia sombria, pesada, sem qualquer toque de alegria. A jovem parece estar morta, devido à cor pálida do seu corpo. O próprio tom  do seu vestido bem  como a nova cor do chão, remeto-nos para uma ideia obscura.

 Foi uma fotografia difícil de trabalhar na medida em que, a meio, apresenta uma ligeira alteração de cor e deformação (na original) que foi complicado disfarçar. 








Para a imagem do filme “Corpse Bride” de Tim Burton, pensamos primeiramente em colorir todos os elementos. No entanto, percebemos que fazia mais sentido “iluminar” apenas os protagonistas:  Victor Van Dort (personagem em primeiro plano) e Victoria Everglot (segundo plano). Apesar de ambos viveram num mundo sombrio e confuso, através desta transformação na imagem, demos cor às suas vidas e à própria relação existente entre os dois.  Utilizamos o verde e roxo no casaco de Victor pois como são cores complementares, funcionam bem em conjunto. O azul da gravata veio dar mais jovialidade ao fato. Colorimos a cara e os lábios para o tornar mais vivo. Quanto à Victoria, por ser uma personagem fisicamente simples, acabamos por lhe dar apenas mais cor ao vestido e ao cabelo e, claro, acabar igualmente com a palidez da cara.  Os troncos, anteriormente, monocromáticos (azul escuro) tornaram-se mais apelativos com a cor verde bem como as borboletas.
No geral, resultou uma composição simples mas bastante diferente da imagem original. Nesta imagem podemos dizer que Victor está nervoso (note-se a expressão facial) por saber que atrás de si está a sua amada. No entanto, em tons monocromáticos, de que é exemplo a imagem original, apercebemo-nos que talvez esteja assustado devido à presença dos restantes elementos que, naquele momento, parecem estar zangados ou admirados com o casal.






Esta fotografia, também de Annie Leibovitz retrata três personagens num ambiente muito pesado. A imagem carece de vida devido às suas cores monocromáticas. No entanto, ao manipular a imagem, com cores mais vivas e alegres, a mensagem transmitida é complemente diferente. Optamos por deixar a porta com a sua cor original para dar ideia da existência de duas vidas diferentes. No exterior, alegre e colorida, e debaixo do solo, solitária e cinzenta. 
Foi uma imagem bastante fácil de trabalhar apesar da sua pequena dimensão.




Neste trabalho contei com a ajuda da Joana Mendes, da Turma 1.

Experiências com a cor




Mudei os tons desta imagem para a tentar converter em algo mais vivo e alegre. No geral é uma imagem simples que requer um pouco de atenção no contorno do vale/monte verde. Foi utilizada apenas para experiência antes de começar a colorir as imagens escolhidas para avaliação desta proposta de trabalho.







Esta imagem referente ao filme de Tim Burton "Alice no País das Maravilhas" era a nossa preferida e foi a primeira escolha para a proposta de trabalho cujo trabalho foi acompanhado pela professora. No entanto, além de ser uma composição extremamente complexa e difícil, requer inúmeras camadas e um tratamento minucioso de cada elemento. Como nos estávamos a atrasar imenso devido à complexidade desta imagem, fomos obrigadas a mudar para uma mais simples. 



A Cor

 A cor desempenha um papel importante na nossa vida, no nosso quotidiano. Muitas das coisas que conhecemos são automaticamente associadas por nós a certos sentimentos, sensações, objectos, pessoas, etc. As cores frias e quentes estão estritamente relacionadas com as sensações que nos provocam e certos estados: frio/quente, confortável/desconfortável,...





A cor é um dos elementos visuais com o qual mais contactamos diariamente. É imprescindível na medida em que nos transmite uma grande quantidade de informação, permitindo-nos distinguir, entender, simbolizar e identificar tudo aquilo que nos rodeia.



Cada cor possui um significado. Eis alguns exemplos: 
O preto encontra-se associado à ideia de morte, luto ou terror.
O branco associa-se à paz, calma e pureza. Também se encontra associado ao frio e inocência
O cinzento simboliza medo ou depressão. Mas também transmite estabilidade, sucesso e qualidade.
O vermelho é a cor da paixão, do amor, desejo, orgulho, violência, poder.
O verde significa vigor, juventude, esperança e calma.
O amarelo transmite calor, luz, prosperidade e energia. Encontra-se geralmente associado ao verão.
O laranja é uma cor quente, activa. Significa movimento e espontaneidade.
O azul é a cor do céu, do espírito e do pensamento. Simboliza a lealdade, fidelidade, subtileza.
O castanho é a cor da terra. Significa maturidade, consciência e responsabilidade.
O rosa significa beleza, saúde e também romantismo.



quarta-feira, 6 de abril de 2011

Proposta de Trabalho n.º 2 - Tipografia

Tipografia - Heterónimos de Fernando Pessoa

Alberto Caeiro
"Tristes das almas humanas, que põem tudo em ordem,
Que traçam linhas de cousa a cousa,
Que põem letreiros com nomes nas árvores absolutamente reais,
E desenham paralelos de latitude e longitude
Sobre a própria terra inocente e mais verde e florida do que isso! "



Álvaro de Campos

"Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!"




Ricardo Reis
"Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço."




Neste trabalho contei com a ajuda da Rita Sousa, da Turma 1

Memória Descritiva - Proposta de trabalho n.º 2

Para o nosso trabalho de tipografia sobre os três heterónimos principais de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, começamos por fazer um esboço daquilo que significava para nós a personalidade dos heterónimos, a partir de pequenos extractos dos seus poemas.
Os esboços que realizamos, foram um ponto de apoio e fio condutor daquilo que viríamos a realizar no futuro, quando passássemos para o Freehand, mantendo-nos quase fiéis às ideias obtidas no início, apenas alterando um outro pormenor, quando nos víamos a braços com uma outra dificuldade técnica imposta pelo programa.
Em suma, as nossas ideias tentaram não ser muito lineares, no que ao texto-base dizia respeito. Tentamos fazer uma análise mais profunda sobre os intervenientes e, dessa forma, chegar a uma representação mais profunda sobre o tema, não revelando o óbvio, e tentando sempre chegar um pouco mais fundo, tal como a literatura o convida.


Alberto Caeiro


Na composição relativa a Alberto Caeiro, optamos por uma composição simples, como é, aliás, uma característica de toda a poesia de Caeiro. A nossa ideia inicial foi desenhar elementos básicos da Natureza, dos quais nos lembramos, quase instantaneamente, das árvores que são um dos elementos essenciais do universo de Caeiro. Todavia, achamos que a nossa composição devia ser mais profunda, mais emotiva, mais surpreendente. Dessa forma, e pegando no verso "Tristes das almas que põem tudo em ordem", compreendemos que Alberto Caeiro critica aqueles que tentam compreender tudo e racionalizar tudo, tentando fazer do mundo uma representação perfeita das suas ideologias. Desse modo, a necessidade constante de Caeiro de simplesmente viver, e de não procurar "colocar o mundo na ordem correcta", decidimos fazer uma representação de um mundo ao contrário, que funciona quase como o mundo interior de Caeiro que não procura nunca explicar o que vê, criando uma espécie de mundo mágico interior pessoal, ao qual só ele tem acesso e o qual apenas ele pode decidir quais as regras a seguir. Neste caso, não há regras, é um mundo totalmente "criado", sentido, a partir das representações da mente de Caeiro.


Álvaro de Campos


No que diz respeito a Álvaro de Campos, as representações ligadas à segunda fase de Campos: Futuristas, remetem todas para ideias similares: a exaltação da máquina, a vivência da fase tecnológica, o exagero de emoções, o ritmo rápido e frenético,... Desse modo, pouco poderíamos fugir à representações um tabto tecnológicas como a inclusão de imagens de engrenagens, que fazem o motor de uma máquina movimentar-se, e o contraste entre cores escuras e claras (recorrendo, neste caso, ao preto e branco, para dar esta ideia de fumo, de exagero, de maquinismos.)
A princípio a nossa ideia era diminuir gradualmente as engrenagens (a nível de dimensão) pela tela, à medida que os "rrrrrrr" do poema, as iriam acompanhando. Na parte inferior da tela, tinhamos ideia de colocar uma lâmpada (que remete para o conceito de electricidade, uma descoberta inovadora, que permite abdicar do carvão para a manutenção e funcionamente de determinadas máquinas) estilhaçada (tal como a mente de Campos, que se refugia nesta fase mais tecnológica, para camuflar um pouco os seus pensamentos e dúvidas existenciais, que serão, em todo o caso, conhecidos, na sua terceira fase), cujos pedaços se juntariam para formar a palavra "Fúria". Mas por motivos de dificuldades técnicas não conseguimos desenhar a lâmpada. Dessa forma, optamos por realizar uma representação mais "subtil" da época futurista, ao qual este poema pertence. Assim, optamos por desenhar um sol que funciona aqui, então, como fonte de energia "alternativa", remetendo aqui para o futuro (desmembrando aqui a ideia de futurismo, tentando captá-lo para umas épocas mais recentes, onde foi possível a invenção de mecanismos que permitissem a exploração da energia solar.), engrenagens, que remetem, imediatamente, para as máquinas, para o movimento que o futurismo exige e para todo o universo fabril, e o contraste entre preto e branco, com as representações de texto que dão a ideia de fumo, de movimento, de indústria tão caracteristicas da época futurista, ao qual este poema de Campos pertence.


Ricardo Reis


Ricardo Reis é o poeta do clássico, do metafísico, do pensamento. Ricardo Reis é um homem contido que não vê necessidade de grandes sobressaltos na vida, que no final provoquem sofrimento, pois acredita que, quer "vivamos, quer não vivamos o rio há-de sempre correr para o mar", o que significa que, independentemente do que fizermos o nosso destino será sempre a morte.
Dessa forma, e inspiradas pelo conceito de "Carpe Diem", optamos por elaborar um projecto simples, sóbrio, bem ao estilo de Reis. Na imagem é possível observar um ambiente calmo, uma floresta, um rio, onde um vulto permanece sozinho, pensando. Para isto, tivemos em mente a frase "Ser-me-ás suave à memória", como se houvesse alguém, sentado à beira-rio (que como vimos, anteriormente, é metáfora da morte) a relembrar alguém, sentindo só, num espaço completamente desbravado que, aparentemente, nada de novo lhe oferece.
Essa personagem é uma representação, de certo modo, do próprio Reis, que procurou viver a sua vida tranquilamente e "sem grandes desassossegos", mas a quem no final só restou solidão e pensamentos derrotistas de que não vale a pena viver que o caminho último será sempre a morte.
Nesta imagem, a personagem permanece, assim, sozinha, observando o decurso do rio e relembrando a "sua pagã triste".



Tipografia

Para a realização da proposta número 2 de Design de Comunicação Visual, pesquisei algumas imagens que serviram um pouco de inspiração para as minhas composições tipográficas.

A tipografia (do grego typos — "forma" — e graphein — "escrita") é a arte e o processo de criação na composição de um texto, física ou digitalmente. Assim como no design gráfico em geral, o objectivo principal da tipografia é dar ordem estrutural e forma à comunicação impressa.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tipografia

"Estamos rodeados por tipografia, que todos os dias e a todas as horas nos comunica mensagens, notícias, publicidade, impulsos, transacções, conceitos e ideias no mundo alienado, superlotado, hipercivilizado e saturado que é o meio ambiente da maioria de nós: cidades repletas de tipografia.
A tipografia envolve a forma de comunicação mais importante para muitos seres humanos: veste e multiplica a palavra escrita.”
Paulo Heitlinger


http://adescobertadodesign.blogspot.com/

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