Em pleno século XXI, a cor faz parte da nossa vida. Habituamo-nos a ver o Mundo como nunca os antepassados viram. Aos animais, á natureza, a simples objectos, ás pessoas, ás características sublimes, habituamo-nos a vê-las com cores. E se de repente, essas “pequenas” coisas, características, objectos mudassem de cor?
Assim, o objectivo do presente trabalho era escolher três imagens e mudar a cor, e o significado das próprias imagens. As imagens foram escolhidas dentro de parâmetros que achamos ser necessários para serem trabalhadas. Deviam transmitir uma mensagem, informação, e acima de tudo, imagens de que gostássemos.
Esta fotografia de Annie Leibovitz retrata uma jovem, deitada no chão verde, possivelmente no Outono devido à presença de folhas, com um vestido encarnado que confere vida e sentimento à imagem. Devido à posição, esta jovem transmite cansaço mas de um ponto de vista positivo. No entanto, quando alteramos as cores, a mensagem transmitida muda radicalmente. Tornou-se uma fotografia sombria, pesada, sem qualquer toque de alegria. A jovem parece estar morta, devido à cor pálida do seu corpo. O próprio tom do seu vestido bem como a nova cor do chão, remeto-nos para uma ideia obscura.
Foi uma fotografia difícil de trabalhar na medida em que, a meio, apresenta uma ligeira alteração de cor e deformação (na original) que foi complicado disfarçar.
Para a imagem do filme “Corpse Bride” de Tim Burton, pensamos primeiramente em colorir todos os elementos. No entanto, percebemos que fazia mais sentido “iluminar” apenas os protagonistas: Victor Van Dort (personagem em primeiro plano) e Victoria Everglot (segundo plano). Apesar de ambos viveram num mundo sombrio e confuso, através desta transformação na imagem, demos cor às suas vidas e à própria relação existente entre os dois. Utilizamos o verde e roxo no casaco de Victor pois como são cores complementares, funcionam bem em conjunto. O azul da gravata veio dar mais jovialidade ao fato. Colorimos a cara e os lábios para o tornar mais vivo. Quanto à Victoria, por ser uma personagem fisicamente simples, acabamos por lhe dar apenas mais cor ao vestido e ao cabelo e, claro, acabar igualmente com a palidez da cara. Os troncos, anteriormente, monocromáticos (azul escuro) tornaram-se mais apelativos com a cor verde bem como as borboletas.
No geral, resultou uma composição simples mas bastante diferente da imagem original. Nesta imagem podemos dizer que Victor está nervoso (note-se a expressão facial) por saber que atrás de si está a sua amada. No entanto, em tons monocromáticos, de que é exemplo a imagem original, apercebemo-nos que talvez esteja assustado devido à presença dos restantes elementos que, naquele momento, parecem estar zangados ou admirados com o casal.
Esta fotografia, também de Annie Leibovitz retrata três personagens num ambiente muito pesado. A imagem carece de vida devido às suas cores monocromáticas. No entanto, ao manipular a imagem, com cores mais vivas e alegres, a mensagem transmitida é complemente diferente. Optamos por deixar a porta com a sua cor original para dar ideia da existência de duas vidas diferentes. No exterior, alegre e colorida, e debaixo do solo, solitária e cinzenta.
Foi uma imagem bastante fácil de trabalhar apesar da sua pequena dimensão.
Foi uma imagem bastante fácil de trabalhar apesar da sua pequena dimensão.
Neste trabalho contei com a ajuda da Joana Mendes, da Turma 1.